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Data: 25 Abril
Editor: Redação ItConnect
Categoria(s): Cloud Computing, Tendências

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O que o futuro espera do data center?

Diante das incertezas políticas e econômicas no Brasil, em que a redução de custos e otimização de recursos são regras básicas dentro das organizações, o papel da infraestrutura e operações (I&O) de TI é cada vez mais relevante. Esse tema sempre esteve no top 5 das prioridades dos CIOs e este ano não é diferente. Segundo o Gartner, 56% do orçamento de TI das empresas brasileiras está focado em I&O.

“No Brasil, infraestrutura e operações de TI tem uma importância bastante diferenciada se comparada a de outros países, justamente porque temos um GAP significativo nesse quesito”, pontua Henrique Cecci, diretor de Pesquisa do Gartner e Chaiman da Conferência sobre o tema que acontece hoje, 25, em São Paulo.

E o desafio dos CIOs só cresce, pois além da necessidade de modernização dos data centers e de todo ambiente tecnológico, se adaptar à alta conectividade de coisas e pessoas também é um gargalo. Em um mundo altamente conectado, as decisões em relação aos modelos de negócios e o papel da TI na implicação de recursos de I&O acaba sendo ponto estratégico dos decisores.

“Em um futuro muito próximo, veremos um data center totalmente diferenciado. Eles estão cada vez menores, mais densos e distribuídos em lugares que mais fazem sentido para os negócios. Eles podem ter parte da infraestrutura na nuvem, dentro de casa ou em colocation, por exemplo. Ou seja, ele será mais inteligente e eficiente no ponto de vista econômico e energético, com alta capacidade computacional”, explica Cecci.

Segundo ele, as pessoas não estão preparadas para lidar com o futuro da I&O e as responsabilidades que esse ambiente traz. Entretanto, o profissional dessa área precisa liderar as mudanças pensando nas necessidades dos negócios. “Estamos passando por um período de maturidade e sempre batemos na tecla de trazer valor para o business. Não tem como os responsáveis criarem uma infraestrutura que não faça sentido para o negócio”, acrescenta Cássio Dreyfuss, VP de Pesquisas do Gartner.

Dez tendências 

Na visão dos analistas do Gartner, o novo data center e as infraestruturas tecnológicas são impactadas pelo aumento da largura de banda de transmissão, pelo surgimento de cidades digitais e pela explosão da internet das coisas. Esse cenário exige novas famílias de tecnologias que tragam mais eficiência, baixo custo e otimização. 

Como a alta conectividade impacta nos recursos de infraestrutura e operações de TI, Dreyfuss destaca dez tendências de tecnologias que podem ajudar os gestores a alcançarem novos patamares em seus data centers. São famílias de tecnologias associadas com o mesh, ou seja, a rede e a capacidade de conectar todo ecossistema de pessoas e coisas. 

Essas tendências estão separadas por três grupos: Mesh, com sistemas conversacionais como Cortana e Siri, que facilitam a interação pessoal; realidades aumentadas e virtuais com aplicações cada vez mais densas; e digital twin, um simulador de objeto real.

O segundo grupo é o intelligent mesh que engloba advanced machine learning & AI; aplicações inteligentes; e coisas inteligentes;

E o terceiro grupo dessa nova família de tecnologias é intelligent mesh platform, que consiste na construção de plataformas digitais mais avançadas se comparadas com os data centers tradicionais; sistemas baseados em blockchain; arquitetura de serviços e aplicações mesh; e uma nova arquitetura de Segurança da Informação. 

Desafio de implementação

Essas tecnologias são fortes tendências, mas como o CIO pode ter uma abordagem que simplifique a adoção dessas soluções e, ao mesmo tempo, adotar uma estratégia eficaz de transformação do data center capaz de dar voz à essas tendências? Segundo o Gartner, o conceito de plataforma digital está avançando muito no mundo corporativo, pois tem métricas de implementação que podem ajudar o CIO a resolver esse dilema.

“Os gestores precisam focar em três coisas importantes para gestão de todo esse ambiente: planejamento, que diz respeito às iniciativas que o CIO vai liderar no ano; arquitetura, ou seja, quais recursos ele vai usar; e governança, como o gestor vai fazer esse planejamento acontecer e deixar tudo funcionando em ambientes integrados. Nada disso é novo, mas vamos ter que usar esses três passos com muito mais intensidade do que fazíamos no passado para chegarmos nesse universo novo e grandioso que temos hoje”, destaca Dreyfuss.

“Sabemos e a transformação da infraestrutura e operações de TI é necessária, mas essas mudanças infelizmente não ocorrem de um dia para a noite, elas são graduais e não lineares. Estamos vivendo uma curva de aprendizagem e já conseguimos vencer grandes barreiras. Acredito que nos próximos cinco anos essas transformações acontecerão de forma ainda mais acelerada no Brasil”, conclui Henrique Cecci.

Créditos: Decision Report

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